terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pensei que esse dia nunca chegaria...

Não tem jeito, esse blog começou sendo de Pietra e é sobre o desenvolvimento dela que continuarei falando. Gentem, agora Pietra deita e dorme sozinha em menos de 3 minutos. Isso é incrível, pensei que esse dia nunca chegaria! Tá, tudo bem que ainda é na minha/nossa cama, onde ela dorme a noite toda, após um colinho e uns beijinhos no peitinho que ela tanto ama. Não adianta forçá-la a ir pro quarto dela, já tentei dormir com ela lá, mas ela não gosta, parece ter medo. Hoje, graças a Deus ela nem perguntou se tinha "Carrossel", após comer um pratão de arroz de leite e carne, outro prato de cuzcuz com requeijão... tomou banho, escovou os dentes, brincou um pouquinho na cama com os coleguinhas imaginários enquanto eu pagava contas na internet e, quase cochilando, pediu mais cuzcuz com requeijão! Começou a comer, fui tomar banho, ao sair do banho ela tinha terminado, escovei os dentes dela, ela se virou e dormiu, simples assim! Aproveitei para ler um pouquinho, mesmo com muito sono (apesar de ser ainda 20h!!!), agora estou escrevendo aqui! Fui!

domingo, 11 de novembro de 2012

S. Luiz

Trago muitas lembranças do meu avô Luiz Miguel. Aquele senhor magro, esguio e de fala mansa.Durante toda minha infancia passei deliciosas férias na casa do sítio dos meus avós. Uma casa grande, com varanda nos quatro canto uma enorme jaqueira no fundo da casa e uma capela (a única da região). Era comum ver as beatas fazerem terços na casa do meu avõ.A missa do Galo também era uma tradição da familia e da região. Sempre muita gente e muita comida na mesa, mas nada se comparava ao São João da casa do Seu Luiz. Toda a familia reunida em uma só festa. Minha vó fazia garrafões de 20 litros de batida de maracujá para distribuir para o povo.A cajuina era resfriada no fundo do pote e as guloseimas corriam solta. Bolo pé de moleque, bolo baeta, de milho. Pamonha , canjica, milho cozido , beijú e queijo de manteiga feito pela minha vó. Lá fora na fogueira assávamos milho e comíamos sentado ao lado dela.Jogávamos batata doce crua nas cinzas da fogueira e no dia seguinte comíamos. Hummmmm uma delicia. Os fogos era uma festa a parte. Muito brilho e traque "peido de veia", ratinho. Quando terminava a festa e o pessoal ia embora começava uma outra festa. Todos os primos juntos brigando porque todos queriam dormir em uma unica cama.Juntos! Minha vó gritava para pararmos a bagunça e meu avô sempre muito atencioso dizia: deixa os meninos Mariana. Me emociono quando lembro de tudo que aprendi e vivi com meu avõ. Homenagear um filho colocando seu nome, certamente será para meu filho um enorme prazer. Trajano

sábado, 10 de novembro de 2012

25 Semanas

Eis que já estamos com 25 semanas de gestação e eu nem escrevi sobre ela ainda. Hoje meu pai mandou um email comentando sobre a escolha do nome do bebê. Desde a primeira gestação que tínhamos escolhido o nome Manuel Luiz se fosse menino. E o apelido Manelito. Nem sei se isso está registrado aqui no blog! Sou a blogueira mais sem futuro que conheço, simplesmente não leio o que escrevi, serve mais como um diário para meus filhos lerem.Pois bem, esse nome é um homenagem, ou melhor, duas homenagens: Uma para meu vô Manuel e outra para o avô de Trajano, Luiz. Então meu pai falou "Luiz Manoel é mais eufônico do que Manoel Luiz. Além disso, dificulta os diminutivos: Mané, manezinho. Lembre-se que quem vai carregar o nome a vida inteira é ele, não somos nós. Nome mexe com a auto-estima." Aí fiquei a pensar, e na maior dúvida. Até já pensei em acabar com essa história de homenagem e colocar um nome "diferente", mas vem mil lembranças da minha infância na cabeça... Lembro-me muito bem do sítio do meu vô Manuel, aqui na Paraíba, uma casa bem antiga, não tinha energia elétrica nem agua encanada, o fogão era a lenha, o banheiro era do lado de fora. Ah esse banheiro, morria de medo pq era cheio de rãs kkkkkk, tinha também um tanque onde pegávamos agua para tomar banho, aliás agua bem fria. Lá acordávamos cedinho e meu vô ia tirar leite da vaca, bem pertinho da cozinha. Minha vó já dava um copo com nescau e açucar para colocar o leite quente saído direto da teta da vaca p copo, eca!!! Eu sempre tive nojo e nunca gostei daquele leite forte, mas minha irmã tomava com muito gosto. Plantávamos e colhiamos milho verde, cana de açucar... não lembro mais o que. Milho verde, como eu amava e ainda gosto muito de milho assado na brasa. Mas lá era outro clima, assávamos milho a luz de lamparina, escutando os grilos, sapinhos, etc. As roupas eram guardadas em baú, não lembro como eram os colhões, tinha muita rede. Brincávamos de fazer comidinha nas panelas de aluminio que minha tia tinha brincado na infãncia. Minha vó dava feijãozinho verde cozido na hora para darmos as bonecas (e nós comíamos, é claro!) Geralmente voltávamos com a cabeça cheia de piolhos, e muitas vezes com "mau olhado" também, que a rezadeira da familia curava rapidinho. Quantas saudades daquele tempo que não volta mais. Nossos filhos muito provavelmente não saberão o que é isso, viver sem energia, juntando agua da chuva ou indo buscar no açude. Aliás, quem dessa nova geração ouviu ou já se deliciou num banho de açude? E as lembranças de quando morávamos no Rio de Janeiro e mu vô sempre trazia junto com as "bisnagas", que hoje chamamos de baguete, balas juquinha e coca-cola para o almoço! Pois é, foi na casa dos meus avós que aprendi a tomar coca-cola, comer carne de charque, doce de coco, cocada, raivinha, arroz doce, cozido, pamonha, canjica. Hummmm delícia. Meus avós não estão mais vivos, mas sempre estarão presentes em lembranças, em espírito. Minha vó Osita faleceu com 89 anos no mês de Junho de 2008, em Julho engravidei de Pietra. Assim, espero que nosso Manuel Luiz seja tão bom e amoroso com meu vô Manuel foi. Vou convidar meu marido para escrever sobre o avô Luiz. Aguardem!