sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ainda mama?


Adorei esse post sobre dependência e amamentação e compartilho com vcs.


Cada vez fico mais irratada quando surge o que denomino de Interrogatório da Inquisição Psicológica, o típico “mas como ainda mama?”


Quando estou de bom humor, costumo responder coisas do tipo: Ainda temos muito caminho por mamar! É, somos tarados por teta! E por aí vai... Agora, quando estou cansada, de mal humor, ou o interlocutor já fez essa pergunta várias vezes no último ano, fico calada. Não por aprovação, mas porque considero desnecessário brigar com uma pessoa quando nenhuma das duas vai mudar de parecer, porque daí eu poderia magoar com respostas do tipo: mamará até quando EU decida ou ELE decida deixar de mamar, ta bom pra você?


Confesso, me violentam as inquisições! O mesmo ocorre com o quesito Cama Compartilhada. Sou mãe de produção independente com uma grande cama, onde eu e o meu bebê cabemos folgados nos dias de calor e mais juntinhos nas noites mais frias. Se ele acorda na madrugada? É só esticar o braço, dar umas palmadas e se não volta a dormir, puxar ele pro peito e em 2 min se vira de costas e voltamos a dormir sossegados, sem nenhum dos dois ter acordado por completo. Quem pratica sabe que a cama compartilahda sabe como é pratico, nẽ?


Mas infelizmente tem muita gente que enxerga que essas práticas podem acarretar sei lá quais complicações. Que gera dependência na criança, que o bebê não cresce até não largar o peito, que acorda de noite só porque mama e dorme na mesma cama. Podem existir linhas da psicologia que defendam que o bebê, assim que nasce, tenha que ser distanciado da mãe, na sua cama, no seu quarto e que deve mamar apenas por seis meses. Mas, me desculpem doutores, ou melhor, dão licença? Estou na contramãos dessas teorias que criaram aos atuais profissionais que tratam os seres humanos como mercadoria e aos políticos que não apoiam a licença maternidade de 180 dias.


Uma vez, num encontro humanista, conheci uma moça, Maria, que estava dando de mamar ao seu pequeno que tinha algo mais de dois anos. Me proximei dela exclamando, que legal! Até quando vocês irão mamar? E ela me respondeu muito segura de si: “me programei para amamentar até os três anos, mais ou menos”. Lógico que nossa relação foi de amor a primeira vista, e que o papo que se seguiu foi de uma maternagem humanista danada, e que lamento profudamente o esporádico dos encontros por causa da geografia. Quando reencontrei, o filhote dela já estava com mais de três anos e desmamado. Foi dificil? Perguntei. “Qué nada! Foi de comum acordo!” Ela disse. Pra mim, são um belo modelo.


Tenho vários amig@s que relatam que mamaram até 3, 4 e 5 anos. Tod@s tem em comum o profundo agradecimento às suas mães pela saúde de ferro que hoje gozam. Quase tod@s compartilharam cama também com seus pais e/ou irmãos. Atualmente todos adultos independentes, que moram em outras casas, cidades, estados ou países. Ninguém ficou preso ao ninho ou não cresceu. “Compartilhar a cama é compartilhar carinho, não vejo onde o amor possa fazer mal” declara uma dessas pessoas.


Minha fonte inspiradora foram os belos relatos que lí no blog Mamíferas, vocês podem escolher alguns deles fazendo click aqui. Desmames naturais, sem traumas, de deixar a alma leve e o coração contente.


Encarei o desafio de desmamar o meu pequeo no tempo que seja certo para nós dois. Depois de tudo, a gente cria os filhos pro mundo, nẽ? Eles devem se sentir seguros, fortes e amados para encará-lo, para transformá-lo, e ter sempre um porto seguro afetivo para os momentos difíceis. Eu curto meu filho mamando, e daí? Somos felizes, isso está errado? Ele tem apenas dois aninhos! Passa tão rapido! Logo mais será um homem grande... e como disse a professora dele da creche: “que continue assim para se tornar um grande homem” (será que meu filho tem algúm problema de dependência? rs).


Se ele sair à mamãe, que já com meus 16 anos saí da casa paterna para morar sozinha, e que com 22 mudei de país, visitando o meu pai, com sorte, uma vez ao ano. Ou então se acontecer como a minha mãe que não me viu crescer, e que não sei ao certo, até quanto tempo mamei, ou como foi pra ela se tornar mãe e nos educar. Se eu partir antes dele ser um adolescente? Não posso deixar momentos por viver, ninguém os viverá por mim. E faço sempre o melhor que posso pelo meu gurí.


Por último, se os meus peitos pudessem falar para responder aos inquisidores, sem dúvida iriam parafrasear a Chico Buarque “tem só dois anos e o leite está quente/deixa o menino com a gente/ deixa o menino contente/ deixa o menino mamar, em paz!”

Fonte: http://cantodofazeroque.blogspot.com/2011/02/dependencias-e-inquisicao.html

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mãe falsa

Tô me sentindo horrível, pelo marido isso é besteira, é coisa que invento, fantasia. Mas pareço ser a pior mãe do mundo, a mais falsa. Infelizmente tenho que ficar escondida em casa, trancada no quarto da minha mãe enquanto minha filha morre de chorar, com sono, procurando o peitinho dela. Digo isso, porque se não for assim não consigo trabalhar.

Parece fácil ficar no computador e ela ao lado brincando, dormindo, se divertindo, sendo que não é bem assim. Se eu estiver por perto ela me solicita muito e eu termino deixando meus outros afazeres pra depois. Hoje já é quinta-feira, a aula será amanhã, desde segunda-feira que estou preparando essa aula, aos poucos, preciso terminar hoje!!!!

Ela até dormiu tranquila assistindo o DVD da Maísa,aquela apresentadora mirim, acompanhada da nossa empregada Francisca. Mas como sempre, ela acorda procurando peito para dormir mais outra horinha, aí é que "o bicho pega", ela chora, chora e às vezes não consegue voltar a dormir.

Geralmente eu durmo com ela a tarde, e é peito em LD. Sendo que como agora estou trabalhando, preparar aula demanda muito tempo de estudo e preparação de slides leva mais tempo ainda!

Gostaria de ser disciplinada, de me sentir menos cansada, sem fadiga e aproveitar muitas horas do dia. Na verdade, passo pelo menos 12 horas do dia na cama, e as outras 12 tenho que dar conta de filha, academia, coisas de casa e trabalho. Tenho falhando no quesito academia, sempre fica para segundo plano. E tento aproveitar ao máximo o tempo com minha filha... como eu queria dizer no post anterior que nem terminei de escrever ainda.

Mas é essa a questão, sou uma mãe "fake" porque tenho que me esconder para não passar a tarde toda com minha filha plugada nas peitolinhas?

Abandono tudo e me torno "mãe de casa"?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sobre cama compartilhada

É claro que as crianças não querem dormir sozinhas! Não querem, nem devem. Os bebês que não estão em contato com o corpo de suas mães, experimentam um inóspito universo sombrio que os afasta do desejo de bem estar que traziam consigo desde o período em que viviam no ventre amoroso de suas mães. Os recém-nascidos não estão preparados para um salto no escuro: a um berço sem movimento, sem cheiro, sem som, sem sensação de vida.
Esta separação do corpo da mãe causa mais sofrimentos do que podemos imaginar e estabelece um contra-senso na relação mãe-filho. Não há nenhum problema em trazer as crianças para nossa cama. Todos estaremos felizes. Basta experimentar e constatar que a criança dorme sorrindo, que a noite é suave e que nada pode ser contraproducente quando há bem-estar. Lamentavelmente as jovens mães desconfiam da própria capacidade de compreender os pedidos dos filhos, que são inconfundivelmente claros. É socialmente aceita a idéia de que satisfazer as necessidades de um bebê o transforma em “mimado”, ainda que obtenhamos na maior parte das vezes o resultado oposto do esperado, já que na medida em que não dormimos com nossos filhos, nem os tocamos, nem os apertamos, eles nos reclamarão mais e mais.
Pensemos que o “tempo” para as crianças pequenas é um momento doloroso e comovente se a mãe não as acode, ao contrário das vivências intra-uterinas, onde toda a necessidade era atendida instantaneamente. Agora, a espera dói. Se as crianças precisam esperar muito tempo para encontrar conforto nos braços de sua mãe, se aferrarãocom vigor aos seios, mordendo, ferindo-os ou chorando, assim que consigam este acesso. O medo será a principal companhia, pois saberão que a ausência da mãe voltará a qualquer momento a assombrá-los. As crianças tem o direito de exigir o contato físico, já que são totalmente dependentes dos cuidados maternos. Têm consciência de seu estado de fragilidade e fazem o que toda criança saudável deve fazer: exigir cuidados suficientes para sua sobrevivência. A noite é longa e escura, e nenhuma criança deveria passar por isso sozinha.

Até quando? Até que a criança não precise mais.

Li no Facebook, mas agora não to lembrando quem é o autor.

domingo, 21 de agosto de 2011

Eu faço "tudo errado" sim, e daí?


Ontem assistindo o filme "Um Ato de Coragem" fiquei pensando nas minhas escolhas maternas. Assim como a www.viciadosemcolo.blogspot.com, vicio minha filha em tudo do "bom e do melhor", embora isso possa chocar, possa estar fora do convencional, do que Freud jugou como "certo".

Quem não é pai/mãe, não tem noção do que é amor incondicional, que amor é esse que chega a doer. O tanto que chorei assistindo ao filme e que choro ao ver notícias de pais com filhos doentes ou mortos.Deus nos proteja e permita que a vida siga seu percurso normal, primeiro morrem os pais, depois os filhos!!

Nem consigo entender como tem "mãe" que abandona o filho ou "pai" que abusa, maltrata, explora crianças. Por quê Deus permite que isso aconteça? Qual será o propósito? E aqueles pais "de verdade" que perderam seus filhos por doença ou acidente? Entendo que são missões dos espíritos e tudo tem seu dia e hora, nada acontece se não for pela vontade Dele. Mesmo assim dói nos nossos corações! Como dói!

Por isso e por outras coisas passo muito tempo com minha filha sim, dou peito por vontade própria na hora e lugar que ela quiser, apesar dos seus 2a4m, dou muito colo, muitos beijos, digo que a amo o tempo inteiro (não só eu, como o papaizão tambem) e dormimos todos juntos no mesmo quarto desde seu nascimento. Quero mais é aproveitar todo tempo com ela, vê-la crescendo, a primeira risada, os primeiros passos, as primeiras palavras, o primeiro dia na escola, o desfralde, o desmame, porque daqui a pouco vou tê-la que deixar partir, para estudar no exterior, morar sozinha, casar ou sabe-se lá Deus.

Te amo muito filha, se eu fosse disciplinada escreveria um carta todo dia para você dizendo o quanto te amamos, o quanto você é importante nas nossas vidas.

Não acho que essas escolhas vá fazer minha filha ficar chatinha, manhosa, dependente, etc. De jeito nenhum. Tenho certeza que ela será uma adulta segura, com auto-estima lá em cima, simpática, de bom relacionamento com todos, obediente e principalmente, feliz, muito feliz.

Já hoje, dá para notar o quanto ela é feliz. Como ela ilumina o ambiente onde chega. Como ela chama a atenção por onde passa "Que menina linda" "Que princesa" "Olha o que ela ta fazendo" (Essa foi boa, na semana passada passeavamos no shopping e ela estava prendendo o cabelo sozinha!!! E esse simples fato chamou a atenção de um casal, porque não é "normal" uma menina desse tamanho estar amarrando o cabelo só).


Pois bem,dane-se Freud e suas teorias que dizem asneiras sobre filho que dorme no quarto dos pais, filho que mama até "grande", filho que vive no colinho sendo acariciado, beijado, amado.

Eu sou segura das minhas escolhas, sei que estou fazendo "tudo errado", que isso até afasta alguns "amigos", nos põe a margem da "sociedade", mas maternidade pra mim é isso e ponto.

Como dizia a música (Gonzaguinha)

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...

E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...

Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Pai e filho

O P E R D Ã O

Um rapaz ia muito mal na escola. Suas notas e o comportamento eram uma
decepção para seus pais que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.

Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo:

- Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e
conseguir ser aprovado no vestibular de Medicina, lhe darei um carro de
presente.

Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho. Passou a estudar
como nunca e ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha
uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma
conversa sincera, mas apenas do interesse de obter um automóvel.
Isso era ruim. O rapaz seguia seus estudos e aguardava o resultado dos
seus esforços. Assim, o grande dia chegou. Fora aprovado no vestibular.
Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa
de comemoração. O rapaz abriu emocionado o pacote. Para sua surpresa, o
presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada
disse.

A partir daquele dia, a distância e o silêncio separaram pai e filho. O
jovem sentia-se traído e agora lutava por sua independência.

Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus Universitário. Raramente
mandava notícias à família. O tempo foi passando e ele se formou,
conseguiu um emprego num bom hospital e se esqueceu completamente do pai.

Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que, num
dia o velho, muito triste com a situação, não resistiu. Faleceu. No
enterro, a mãe entregou ao filho a Bíblia, que tinha sido o último
presente do pai.

De volta à sua casa, o rapaz que nunca perdoara o pai, quando colocou a
Bíblia numa estante, notou que havia um envelope dentro dela. Ao abri-lo,
encontrou uma carta e um cheque.

A carta dizia: "Meu filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu
prometi e aqui está o cheque para você, escolha aquele que mais lhe
agradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor, a
Bíblia sagrada. Nela aprenderás o amor de Deus e a fazer o bem, não pelo
prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência".


Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isto leva a erros
terríveis e a um fim ainda pior. Antes que seja tarde, perdoe aquele a
quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, você irá
ver que há também, um "cheque escondido" em todas as adversidades da vida.

Autor desconhecido

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Volta as aulas

Volta as aulas quer dizer volta as doenças?

Poxa, foram 30 dias tão felizes, sem nariz escorrendo, nem tosse, muito menos febre. Mas bastou uma semana de aula e Pietra já está com 40 graus de febre, nariz escorrendo, espirrando. Desse jeito parece que não vale a pena matricular nossos filhos na escola cedo (antes dos 2 anos).

Tirando esse probleminha, a volta as aulas é muito bem vinda, tras a rotina de volta. Só tá sendo dificil colocá-la para dormir antes das 21h, visto que ela ainda dorme no nosso quarto e estamos viciados na infeliz novela "Insensato Coração". Graças a Deus a novela terminará sexta-feira e tentarei não assistir a próxima, isto é, usar as noites de forma mais criativa como ler, estudar, namorar, etc.

É tao bom vê-la "sabidona", falando palavras que nem imaginávamos que ela sabia, assisti-la dançando e cantando pela sala. Felicidade maior não há e é por isso que não me canso de dar colo, beijos, muitos beijos, de dizer que amo, de tomar banho juntas e de dar peito. To feito o blog que conheci esse semana http://viciadosemcolo.blogspot.com/ . Não acho que exista "colo demais", que faz mal, que deixa a criança "manhosa", etc. Eu sempre fui uma filha manhosa e muito provavelmente terei uma filha manhosa. Tem coisa melhor que isso?