sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A mulher mais feliz do mundo!!!







É estranho quando vc planeja a gravidez e ela não vem.
Os casais modernos dos dias atuais estão deixando para mais tarde para ter filhos. Será por isso o aumento do número de casais inférteis ?
Esse era meu maior medo, porque na prática você só sabe se é capaz de gerar um bebê ao ficar grávida. Não adianta o médico dizer que você ovula através da análise dos hormônios, que o espermograma do seu marido mostra que os espermatozóides dele são "a bala", que seu corpo está preparado para isso. A única coisa que me faria acreditar é o resultado positivo do exame de gravidez... se bem que ainda fico com medo de saco gestacional sem feto, de gravidez tubária, de má formação fetal, de aborto espontâneo, etc.
Mas tento me concentrar nos casos de gravidez de sucesso. Não sei porque eu tenho essa tendência a pensar nas coisas darem errado. Eu quero tanto um bebê, porque então ficar pensando em besteiras??

A ansiedade é tão grande... o caso é tão sério que nem consigo me concentrar para estudar. Como poderei esperar ainda 8 longos meses para ver a carinha do bebê e sentir o prazer da amamentação? Será que faz “cosquinha” o bebê sugando o leite? Fico na internet pesquisando tudo sobre gravidez... e a vontade de começar a comprar as coisas, arrumar o quartinho do bebê e ficar só falando nisso o tempo todo???

Voltando ao começo... como tudo começou em nossas vidas.

Namoramos 4 (quatro) anos, ele morando em Recife e eu em João Pessoa, 120 km de distância. Na maioria dos finais de semana ele ia para JP, ficava hospedado na casa da minha mãe. Já tínhamos uma vida conjugal... até algumas correspondências chegavam lá.
Foi difícil convencer o “homi” a casar. Ele sempre foi independente, morava sozinho há 5 anos, a mãe (minha sogra) já havia falecido há 7 anos, etc.
Com jeitinho, o convenci a mandarmos fazer as alianças pois já estava tentando a seleção do mestrado em Recife. Assim, no dia do meu aniversário (29 de outubro de 2006), fui buscar as alianças e o pedi em casamento a irmã dele na frente dos amigos, porque ele não teria como negar. Garota esperta, 30 anos de praia, vcs acham que eu faria diferente ou iria ficar esperando até sabe lá Deus quando? Na ocasião ficamos de decidir a data, entre fevereiro e abril de 2007.

Alguns dias depois decidimos em ser dia 21 de abril, por ser um sábado e feriado, já que o casamento seria em JP e viriam muitos convidados de Recife.

O casamento foi lindo, emocionante, um churrasco de dia, com uma “cerimônia” improvisada por uma amiga que ainda nem era pastora, o casamento no civil também foi lá. Gastamos o dobro do que tínhamos planejado mais valeu a pena.

O começo do casamento foi difícil, acho que todos passam por isso, é complicado a adaptação do casal quando saem da casa dos pais, no maior conforto e vão enfrentar a vida com pouco dinheiro, com diferença de pensamento, divergência nas decisões. Mas acho, que no final das contas, o aperto financeiro que estávamos passando nos uniu mais ainda.

Então, depois de alguns meses a coisa melhorou e começamos a planejar filhos. Um ano de casamento na nossa idade está mais do que bom tempo para procriação. Parei o anticoncepcional, e nada de vir bebê. Procurei a ginecologista e falei da vontade de engravidar, mas como estava com um cisto no ovário há quase 2 anos, a ginecologista mandou eu voltar a tomar o anticoncepcional por mais 6 meses. Não vi sentido nenhum nisso se já estava tomando o maldito anticoncepcional e o cisto nada de sair dali. Ela nem sequer pediu o espermograma do meu marido, disse que só se começa a investigar a infertilidade após 24 meses tentando engravidar e isso fazendo no mínimo sexo 3 vezes por semana, pode? Parece preguiça, mas qual a preguiça de pedir exames e analisá-los?
Segui a dica de uma amiga e procurei o ginecologista que resolveu a dificuldade dela de engravidar.
No caso dela que havia passado mais de 2 anos tentando engravidar e a médica insistindo em dizer que ela não engravidava porque estava muito ansiosa, o médico detectou que ela tinha endometriose. Fez o tratamento, a laparoscopia e ela engravidou.

Dr. Carlos me orientou a fazer a laparoscopia também para tirar o cisto e aproveitar investigar se havia endometriose. O cisto foi retirado, não havia endometriose, mas ele viu que minhas trompas estavam obstruídas. Tentou desobstruir e não conseguiu.
Um mês depois fiz a tão temida histerossalpingografia para tentar mais uma vez desobstruir as trompas. Como sou negativa, só pensava que não ia dar certo, que não conseguiria desobstruir e para minha surpresa, quando a médica injetou o contraste, elas desobstruíram. Aquela foi uma das melhores dores da minha vida. O técnico em radiologia disse que nunca viu nenhuma paciente sair de lá rindo, a maioria ficava xingando todo mundo. Eu ria de felicidade, de esperança de ter meus bebês e ficava planejando com meu marido gêmeos só por causa da dificuldade que nem foi tão grande assim. Graças a Deus e ao Dr. Carlos que leva o desejo de suas pacientes a sério, não precisei ficar anos tentando engravidar para começar a investigação da infertilidade.

Sendo assim, no primeiro ciclo após a histerossalpingografia, engravidei até meio por acaso se é que o dia fértil é o 14 dia mesmo. Porque só tive relações sexuais até o 12 dia do ciclo, que inclusive era dia de lua cheia (dizem que a lua influencia muito na fertilidade da mulher e a lua cheia é a melhor fase) porque minha vó faleceu, viajei para o enterro e quando voltei a encontrar com meu marido 5 dias depois, já estava sentindo cólicas. Como isso não era normal e pela experiência de uma amiga que está grávida e sentiu muita cólica, achei melhor não fazer esforço até ter certeza que não era gravidez. Foram ansiosos dias esperando que a mestruação não viesse, o engraçado é que estava sentindo a boca amarga, cólica todos os dias principalmente na hora que a bexiga começava a encher, ou ao levantar, coceira na barriga, uma vontade enorme de comer muita carne até que os peitos começaram a doer. Tudo parecia muita coincidência, ficava achando que era projeção da minha vontade de estar grávida e que estar achando meus peitos maiores era ficção.

Para tirar a dúvida e morrer de alegria, é claro, pedi ao meu marido que comprasse um teste de gravidez de farmácia, e mesmo antes da mestruação atrasar, as 3:22h da madruga, surpresa: POSITIVOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Porque às 3:22h da madrugada??? Porque tenho um certo tipo de “incontinência urinária”, e não consigo ficar até a hora de acordar sem fazer xixi. Ainda tentei segurar, mas já estava com cólicas de vontade de fazer xixi. Como o exame de farmácia deve ser feito com a primeira urina da manha, fiz essa hora porque esse era meu primeiro xixi da manha, estava mais concentrado. Depois do primeiro xixi da madrugada ainda tem mais alguns até ter o da hora de levantar da cama mesmo.

Ficamos tão felizes, abestalhados, fazendo planos que não conseguíamos dormir. Cada um virou para seu lado e nada, conversávamos mais um pouquinho, virávamos de novo e nada... após uma hora tentando tive a idéia de ligar a TV para assistir os jogos olímpicos. Não tinha nenhum jogo, mas ficamos assistindo até às 5h da manhã. Então meu marido telefonou para minha mãe perguntando se era da casa da vovó, quando ela não tava entendendo e já ia desligar, ele explicou quem era. Assim, conseguimos relaxar e dormir mais um pouco até a hora de ir ao laboratório fazer o Beta HCG do sangue.

Ao acordar meu marido perguntou: Cadê o resultado do exame para tirarmos a foto?? Procurei até no lixo e não encontrei. Devia ser a ansiedade do momento. Então pensei: Porque ele não teve essa idéia de madrugada?? Podíamos ter passado a madrugada tirando fotos nossas, da nossa felicidade, assim teríamos relaxado mais rápido!!

Às 8:40h tirei o sangue, resolvi fazer o exame pagando (R$ 20,00) porque se não iria ter que procurar um médico para fazer o pedido pelo plano de saúde, já que não consegui falar com o meu. Recebi o papel comprovante para olhar o resultado pela internet às 15 horas. Como não estava me agüentando, estava sozinha em casa, não conseguia me concentrar nos estudos, passei uma mensagem para uma amiga e liguei para outra contando a novidade e fiquei de ligar ao sair o resultado comprobatório.

Como passei o mês sentindo cólicas, fiquei na internet pesquisando sobre cólica na gravidez... e morrendo de medo que minha gravidez fosse tubária ou coisas do tipo. E, claro, de hora em hora verificava no site do laboratório se havia saído o resultado.

Já eram 15:15h e nada de aparecer o resultado, minha amiga já havia enviado SMS perguntado. Pedi p meu marido ir no laboratório, ele disse para eu ligar para lá informando que não estava conseguindo ver pela internet. Quando estava falando com a pessoa laboratório, ele perguntou o número do pedido e o dígito. Aí pensei: Claro, o dígito!!! Eu estava colocando o número completo, sem o hífen do dígito. Coloquei certinho no campo indicado e abriu o resultado: 1.003.0 mUI/ml... e isso queria dizer: GRAVIDÍSSIMAAAAAAAAAAAAAAA

Foi alegria geral, falei com meu marido, passei SMS para os amigos, comecei a receber ligações. Fiquei super gelada, pés e mãos frios por causa da ansiedade. Não sei como meu marido ainda conseguiu trabalhar, logo ele que é mais ansioso do que eu. Então, liguei para nossa carona perguntando se havia lugar para mais um no carro, eles nem entenderam e eu tive que explicar com a maior alegria do mundo.

Nem consegui dormir a tarde para recuperar o sono, e olhe que costumo dormir quase todas as tardes. E à noite...


À noite, apesar de bem cansada, também tive dificuldade de dormir. Ao me olhar no espelho notei como um peito estava bem maior que o outro, meu marido ficou preocupado, mas acredito que essas modificações são normais. Acordei às 5h da manhã agoniada com o nariz coçando, querendo espirrar, com a terrível rinite alérgica. Era uma das coisas que já havia notado, fiquei mais sensível a qualquer coisa, até o vento me fazia espirrar.

Um comentário:

  1. É amiga, a gravidez é mesmo o estado de plenitulde da mulher, afinal, o nosso corpo está se modificando para guardar e gerar o nosso maior presente- os filhos!

    Curta muito este momento e tenha a certeza que muitas alegrias e emoções você viverá, todas especiais e únicas, como a plenitulde infinita de ter os filhos nos braços.

    Deus está com vocês.

    É nós também

    beijos

    Luiza

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